A comunidade do sítio Bom Jesus era formada por ribeirinhos do rio Mossoró, cujos habitantes, a época, sobreviviam da agricultura, da pesca, da caça e da produção de peças artesanais feitas de palha da carnaúba, como chapéus, esteiras e outros tantos produtos. Levavam uma vida simples e pacata. A assistência religiosa era dada pelos padres Paulo, Miguel e Estevam, que residiam na capela do Sagrado Coração de Jesus. Por falta de espaço próprio, as celebrações eram feitas na residência da senhora Luzia Mundé.
Com o crescimento da comunidade, os referidos padres conclamaram a população a se engajarem numa campanha em prol da construção de uma capela. A ideia apresentada pelos padres foi aceita de pronto, passando todos a se empenharem para a criação da comissão, procurando apoio inclusive de pessoas de comunidades vizinhas. Os moradores mais antigos ainda lembram de nomes de pessoas que se destacaram nessa campanha, como foi o caso do Sr. Zé Ananias, Pedro Lima, Sr. Anísio, José Augusto Soares, Sr. Caetano, Luiz Gonzaga e Raimundo Nonato.
Com os recursos arrecadados na campanha, com a ajuda coletiva, e a orientação dos bondosos padres, a construção da pequena capela foi iniciada. E em 7 de novembro de 1953, num sábado, a população assistiu, com grande orgulho, a inauguração da capela, que serviria não só de templo religioso como espaço para eventos sociais e educacionais. Tanto assim que na fachada da capela aparecia, em letras de alto relevo, o título: "Capela-Escola do Bom Jesus". Essa inauguração se deu com a celebração de uma missa pelo padre Mota, ao mesmo tempo em que era realizada a primeira eucaristia e a catequização de alguns jovens da comunidade.
E cumprindo o seu papel social, aquela capela passou a servir de escola, a única na comunidade, onde os jovens puderam ser alfabetizados, tendo como diretora a senhora Maria Nazaré. Essa escola funcionou na capela de 1953 a 1958.
Até o ano de 1996, a comunidade assistia missas e novenas, cujos celebrantes os moradores ainda guardam seus nomes na memória, como é o caso dos padres Mota, Netinho, Sátiro, Guimarães, Janedson, Rierdson e tantos outros.
Mas com o desenvolvimento da cidade e respectivo crescimento populacional, a pequena capela já não atendia as necessidades do, agora bairro de Bom Jesus. A Diocese de Mossoró providenciou a construção de uma igreja maior e mais confortável, onde atualmente é prestado o serviço religioso católico. E a velha capelinha, que tanto serviu no passado, ficou abandonada à mercê do tempo.
Hoje o que resta são apenas ruínas. Paredes descascadas pelo tempo e um teto que ameaça cair a qualquer momento. As portas e janelas estão em pedaços. E a população do Bom Jesus pede socorro. A antiga e tradicional capelinha ainda hoje é reverenciada por toda a população do bairro e não merece o fim que está tendo. Se já não tem serventia como templo religioso, que se preserve sua memória transformando-a num espaço cultural.
É com esse intuito que o Sr. Luiz Pereira da Costa, que no bairro é conhecido por Cale, na qualidade de presidente do Conselho Comunitário do Bom Jesus, pede a ajuda de todos. Vamos novamente dar as mãos e restaurar o prédio da querida capelinha. Não vamos deixar que a poeira do tempo apague mais esse marco histórico, cultural e religioso do bairro Bom Jesus.
FONTE - ARTIGO DO HISTORIADOR GERALDO MAIA, PÚBLICADO NO JORNAL O MOSSOROROENS (17/10/1872), EDIÇÃO O DIA 29/11/2009
Com o crescimento da comunidade, os referidos padres conclamaram a população a se engajarem numa campanha em prol da construção de uma capela. A ideia apresentada pelos padres foi aceita de pronto, passando todos a se empenharem para a criação da comissão, procurando apoio inclusive de pessoas de comunidades vizinhas. Os moradores mais antigos ainda lembram de nomes de pessoas que se destacaram nessa campanha, como foi o caso do Sr. Zé Ananias, Pedro Lima, Sr. Anísio, José Augusto Soares, Sr. Caetano, Luiz Gonzaga e Raimundo Nonato.
Com os recursos arrecadados na campanha, com a ajuda coletiva, e a orientação dos bondosos padres, a construção da pequena capela foi iniciada. E em 7 de novembro de 1953, num sábado, a população assistiu, com grande orgulho, a inauguração da capela, que serviria não só de templo religioso como espaço para eventos sociais e educacionais. Tanto assim que na fachada da capela aparecia, em letras de alto relevo, o título: "Capela-Escola do Bom Jesus". Essa inauguração se deu com a celebração de uma missa pelo padre Mota, ao mesmo tempo em que era realizada a primeira eucaristia e a catequização de alguns jovens da comunidade.
E cumprindo o seu papel social, aquela capela passou a servir de escola, a única na comunidade, onde os jovens puderam ser alfabetizados, tendo como diretora a senhora Maria Nazaré. Essa escola funcionou na capela de 1953 a 1958.
Até o ano de 1996, a comunidade assistia missas e novenas, cujos celebrantes os moradores ainda guardam seus nomes na memória, como é o caso dos padres Mota, Netinho, Sátiro, Guimarães, Janedson, Rierdson e tantos outros.
Mas com o desenvolvimento da cidade e respectivo crescimento populacional, a pequena capela já não atendia as necessidades do, agora bairro de Bom Jesus. A Diocese de Mossoró providenciou a construção de uma igreja maior e mais confortável, onde atualmente é prestado o serviço religioso católico. E a velha capelinha, que tanto serviu no passado, ficou abandonada à mercê do tempo.
Hoje o que resta são apenas ruínas. Paredes descascadas pelo tempo e um teto que ameaça cair a qualquer momento. As portas e janelas estão em pedaços. E a população do Bom Jesus pede socorro. A antiga e tradicional capelinha ainda hoje é reverenciada por toda a população do bairro e não merece o fim que está tendo. Se já não tem serventia como templo religioso, que se preserve sua memória transformando-a num espaço cultural.
É com esse intuito que o Sr. Luiz Pereira da Costa, que no bairro é conhecido por Cale, na qualidade de presidente do Conselho Comunitário do Bom Jesus, pede a ajuda de todos. Vamos novamente dar as mãos e restaurar o prédio da querida capelinha. Não vamos deixar que a poeira do tempo apague mais esse marco histórico, cultural e religioso do bairro Bom Jesus.
FONTE - ARTIGO DO HISTORIADOR GERALDO MAIA, PÚBLICADO NO JORNAL O MOSSOROROENS (17/10/1872), EDIÇÃO O DIA 29/11/2009